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A Literatura invade Veneza

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O festival de Veneza acabou neste domingo e algumas das melhores surpresas vieram direto da literatura e estarão no cinema no ano que vem. Entre os filmes está a adaptação do livro do Phlip Roth: A humilhação [clique e leia a resenha do livro], este filme colocou Al Pacino como a estrela maior do evento.

Pacino como Simon Axler

Pacino como Simon Axler

Al Pacino faz o papel de Simon Axler, um ator aposentado que sente o peso da idade e se isola da sociedade, mas acaba dando uma chance para a filha de um velho amigo, a lésbica Pegeen que está passando por dificuldades.

Nesse novo caminho Axler acaba seduzindo Pegeen, mas o casal sofre uma repentina mudança de personalidade.

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Outra adaptação da literatura é o filme: Loin des Hommes, que é vem do conto L’Hôte do argelino Albert Camus. Como ator principal temos o premiado Viggo Mortensen [um dos atores mais injustiçados dessa geração], que a um tempo atrás quase encerrou a sua carreira.

O filme se passa em 1954 e narra o inicio da guerra de independência da Argélia, Daru [Viggo Mortensen], um professor recluso, acaba tendo que cuidar de Mohamed [Reda Kateb], um morador acusado de assassinato.

Esses dois filme tem previsão de estreia para o ano que vem.



O Melhor do terror Nacional dentro do Cemitério [Cinetério]

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Neste sábado 13, o cemitério da Consolação, estará aberto para mais uma edição do CINETERIO, evento que integra o MCI [Mês da Cultura Independente], neste mês São Paulo é tomada por diversas intervenções artísticas, uma chance para o artista independente mostrar sua qualidade.

Entre os eventos temos o CINETÉRIO, que chega a sua terceira edição. O Telão será montado no corredor lateral, saindo da tendência da cópia digital a exibição fica por conta de um projetor e dos filmes em 35mm [dando um charme maior para o evento].

Como o evento premia o cinema independente, “a Curadoria” optou por mostrar mais das nossas produções de terror, mas fugindo do grande Mestre Zé do Caixão e indo mais a fundo. Foram escolhidos três cineastas: John Doo, Jean Garret e Ivan Cardoso. Os três criaram seus filmes no auge da Boca do Lixo [entre 60 e 80], criando um terror com traços fortes desse período.

Bela Nicole Puzzi!

Bela Nicole Puzzi!

O filme de Ivan Cardoso: As Sete Vampiras [lançado originalmente em 78], a trama conta a saga de Silvia que depois de presenciar a morte de seu marido, devorado por uma planta carnívora, Silvia, uma professora de dança, se isola em sua casa de campo. Só é convencida a abandonar seu retiro quando um velho amigo a convida para trabalhar numa boate, onde apresenta um balé intitulado “As sete vampiras“.

Lembrando que Silvia é interpretada pela bela Nicole Puzzi, um dos Ícones da Boca do Lixo.

Ventilador ataca!

Ventilador ataca!

Excitação de Jean Garret do ano de 77, narra a saga de um Engenheiro eletrônico quer se livrar da mulher para ficar com a amante. A fim de enlouquecê-la, ele conta com a ajuda de um diabólico computador que movimenta os eletrodomésticos da casa.

Veja como o trailer é bem feito

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Ainda temos John Doo com: Com um filme um pouco mais psicológico Ninfas Diabólicas de 78 se passa em São Paulo e narra a saga de Pai de família respeitável é assediado por duas jovens estudantes quando segue em viagem de negócios. Depois de pedir carona, elas o seduzem e o levam até uma praia deserta onde, inesperadamente, fatos estranhos e perturbadores começam a acontecer.

CINETÉRIO
QUANDO sábado (13), às 23h
ONDE cemitério da Consolação, r. da Consolação, 1.660, tel. (11) 3397-0178
QUANTO grátis
CLASSIFICAÇÃO 16 anos

Conheça mais do cinema Nacional.

O Malditovivant volta na sexta


Drácula: a imortalidade de Bram Stoker e suas criaturas

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Hoje inicio o mês de Outubro com o especial: Mês do terror, vou focar em filmes e literatura! Para começar eu convidei a um tempo atrás a querida Luane do blog Le Disperser [Clique aqui e conheça], para escrever sobre o Drácula de Bram Stoker.

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“Seu conjunto facial enquadrava-se no tipo aquilino – aliás, acentuadamente aquilino – graças ao destaque bastante característico de uma arcada nasal alta e fina, em contraste com os orifícios das narinas, arqueadas de forma peculiar. A testa era abaulada e os cabelos, muito profusos nas demais partes visíveis de sua cabeça, mostravam-se escassos, em especial, ao redor das têmporas. As sobrancelhas formavam um traço compacto, praticamente se encontrando por sobre a arcada do nariz e com fios longos que pareciam formar anéis, como se tivessem vida própria. Então, a boca… Até onde permanecia visível debaixo do basto bigode, revelava-se dura e de aspecto cruel, emoldurando dentes alvos e estranhamente pontiagudos.”

Assim é descrito Drácula, personagem que nomeia o livro de Bram Stoker, publicado em 26 de maio de 1897. Vampiros já povoavam o imaginário europeu há muito tempo, mas foi o irlandês quem resolveu oficializar a imagem destas criaturas em um célebre romance epistolar (escrito em forma de cartas), tornando-se a principal referência quando se trata destes seres sobrenaturais.

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A obra, inclusive, inspirou em 1922 a produção do longa Nosferatu. Na época, a viúva de Bram Stoker, percebendo-se de que este se tratava visivelmente de uma adaptação não autorizada, adquiriu (quase) todas as suas cópias e as destruiu, para que não “se aproveitassem da genialidade de seu marido sem o devido consentimento”. (Claro que seu esforço foi em vão, visto que ainda podemos assistir ao filme). 70 anos depois, também foi lançado o longa “Drácula de Bram Stoker”, com um maior apelo erótico e romântico, nem tão fiel. Atualmente, depois de tantas outras versões, Drácula permanece bastante conhecido. Já a história original, nem tanto.

O livro começa com o diário de Jhonatan Harker, jovem advogado de Londres que está a caminho da Transilvânia. Ele é noivo de Mina Murray, mocinha à frente do seu tempo que passa as férias na casa de Lucy Westenra, sua amiga de infância rica bastante bajulada pelos homens da cidade. Jhonatan pretende negociar a venda de uma propriedade em Carfax para o Conde e, chegando à região, ao dizer para os habitantes locais onde pretende hospedar-se, percebe o pavor nos olhos deles. O fato de esta ser a véspera d’O Dia de Todos os Santos, quando “todos os espíritos maus estão soltos”, colabora para isso. Uma senhora, inclusive, entrega-lhe um crucifixo e implora-lhe para que não fique por muito tempo.

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Em uma terra de pessoas extremamente religiosas e em meio ao suposto sobrenatural desconhecido, Jhonatan representa a racionalidade (vale considerar que o conflito razão x emoção era bastante recorrente na época em que o livro foi escrito). Achando tudo muito estranho, passa por outra viagem ainda mais esquisita até chegar ao castelo. Sem quaisquer empregados e de aparência peculiar, Drácula recebe efusivamente o convidado e emenda longas conversas sobre seus ancestrais e seus planos para a Inglaterra. De imediato, também, pede que o advogado escreva para Mina dizendo que pretende ficar lá por pelo menos um mês.

Com o tempo, Harker percebe que toda a enrolação do cliente é intencional: ele é agora um prisioneiro e todas as suas correspondências são interceptadas. Desobedecendo ao anfitrião, começa a explorar outros aposentos e acaba descobrindo o quarto das noivas de Drácula, tendo uma ideia dos horrores aos quais está exposto.

Enquanto isso, o vampiro está em Londres, levando caixões com a terra de seu país através de navios cujas tripulações somem misteriosamente. No diário de Mina, a tranquilidade dos dias de repouso é interrompida com a visão de uma estranha criatura debruçada sobre a sonâmbula Lucy. A jovem está noiva de Lorde Arthur Holmwood, por sua vez amigo de outros dois ex pretendentes da moça, Quincey P. Morris e Dr. Jack Seward.

O último, médico, está particularmente interessado no comportamento incomum de um de seus pacientes do hospital psiquiátrico, R.M. Renfield: o ancião doente está desenvolvendo hábitos estranhos e mencionando um “mestre”. Quando Lucy também começa a ter sintomas perturbadores por algum motivo desconhecido, Jack decide convocar a orientação de seu antigo professor, Abraham Van Helsing.

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A partir daí, a trama se desenvolve brilhantemente, sempre revelada através dos diários de diversos personagens que, não sendo oniscientes, dão ao leitor a misteriosa sensação de que nem tudo o que acontece está sendo percebido.

Repleto de passagens sinistras, “Drácula” justifica seu grande reconhecimento como clássico e sua marca na Literatura, com um protagonista nem um pouco dotado de boas intenções que, não tão inexplicavelmente, conquista gerações até hoje.

O malditovivant volta na Quarta com um novo Post.


Almodóvar em Foco na 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

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Como já é de costume, no mês de Outubro, São Paulo recebe a Mostra Internacional de cinema. Como em toda edição, uma personalidade do meio é escolhida para uma retrospectiva ou para uma simples homenagem por conta de sua obra, a persona escolhida para este ano é o Cineasta Pedro Almodóvar. Por conta desta escolha, o cinema espanhol vai estar em destaque também.

Não podemos falar de cinema espanhol e não se lembrar de Luis Buñuel, dois filmes do diretor estão na lista de exibição: Um Cão Andaluz e A Idade do Ouro. Dois filmes que tem a participação do mestre Salvador Dalí que dá um toque fantástico de surrealismo ao cinema espanhol.

Além das homenagens o evento premia o melhor do que foi produzido no cinema neste ano e no ano passado. E como virou uma tradição a Mostra faz uma exibição ao ar livre no parque do Ibirapuera. Esse ano o escolhido foi Chaplin que terá seu filme acompanhado com a Orquestra!

Tá você não quer cinema, tem exposição. Luis Buñuel atacava de fotografo, podemos ver suas fotos que servirão de pesquisa para um de seus filmes que seria rodado no México.

Mas a maior inovações do evento fica por conta do seu site. Agora podemos filtrar os filmes por gênero e país! Quem me deu a dica foi a Edi Fortini [veja o site dela] pelo twitter, isso ajuda bastante.

A partir de amanhã os ingressos já estarão à venda. Você pode comprar tanto o pacote individual, quanto o pacote fechado. Lembrando que o evento inicia no dia 16 ao dia 29 de Outubro.

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Veja Lista de filmes de Almodóvar:

Pepi, Luci, Bom E Outras Garotas De Montão
Labirinto De Paixões
Maus Hábitos
Que Fiz Eu Para Merecer Isto?
A Lei Do Desejo
Mulheres À Beira De Um Ataque De Nervos
Ata-Me
De Salto Alto
Kika
A Flor Do Meu Segredo
Carne Trêmula
Tudo Sobre Minha Mãe
Fale Com Ela
A Pele Que Habito
Os Amantes Passageiros

Mais informações: http://38.mostra.org/br/home/

Malditovivant retorna na segunda!


Annabelle e suas inspirações [Mês do Terror]

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Dando continuidade ao mês do terror, recentemente fui conferir na tela grande o filme Annabelle, que podemos classificar como um spin off de Invocação do mal de 2013. O filme não tem a direção de James Wan, o homem tem assombrado hollywood com seus filmes ao mesmo tempo que está caindo no gosto dos estúdios por conta do baixo orçamento de seus filmes e do bom retorno financeiro.

No filme Wan assina como roteirista e produtor, a direção fica a cargo de John R. Leonetti, seu diretor de fotografia em Invocação do Mal e na série Insidious [aqui chamada de sobrenatural].

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Logo no inicio somos lembrados do poder da boneca e o que ela representa, para em seguida conhecermos sua origem.

Annabelle era uma jovem que se uniu a um grupo satanista, seu alvo é o jovem casal, Mia que está grávida e John. Os dois conseguem invadir a casa do casal para iniciar o massacre, mas a policia chega para intervir, Annabelle se esconde no quarto de bonecas do casal e vendo que não vai escapar com vida, comete suicídio. A partir disso podemos imaginar o que vem depois.

Fugindo um pouco do padrão dos posts sobre filmes, não vou gastar muitas linhas falando sobre as cenas do filme, achei mais legal trazes algumas curiosidades.

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Uma das coisas mais legal do filme [e ao mesmo tempo bizarra] são as homenagens ao diretor Roman Polanski:

Logo na primeira noite do casal, eles estão assistindo a um noticiário sobre Charles Manson e seu grupo Satânico o Helter Skelter. Em seguida Mia é atacada por um casal de satanista, que tenta matar ela e seu filho, sendo esfaqueada na barriga.

Pra que não percebeu as coincidências, o filme faz alusão a vida de Roman Polanski, que teve sua mulher Sharon Tate, atacada por membros do grupo de Maison e foi esfaqueada na barriga, diversas vezes.

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Mas o diretor trabalha com homenagens “mais tranquilas”, existem algumas referências diretas ao filme Bebê de Rosemary [também dirigido por Polanski]:

A personagem principal [interpretada pela bela Annabelle Wallis] se chama Mia, esse nome é uma clara referência a Mia Farrow que interpretou Rosemary.

O prédio onde se dá segunda metade do filme lembra o claustrofóbico ambiente de Bebê de Rosemary.

Nos dois filmes, a protagonista usa livros de ocultismo para buscar uma resposta para os seus problemas.

Evelyn tem a mesma função que Hutch, os dois tentam ajudar a protagonista acreditando na existência do sobrenatural.

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Tudo isso conspira para um bom filme de terror e um dos que você deve assistir nesse mês das bruxas.

O malditovivant, volta na sexta.

 

 


Passado e presente se mistura em um terror mediano [O Espelho]

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Na semana passada eu aluguei o filme: O Espelho, que tem a direção de Mike Flanagan, um apaixonado por filmes de terror, poucos sabem mas o filme Oculus [nome original do filme O Espelho], nasceu de um curta rodado pelo diretor em 2006.

O Curta foi bem aclamado pela crítica da época. Filme segue um caminho diferente e coloca como protagonistas um casal de irmãos Kaylie [A Belíssima Karen Gillian] e Tim [e o novato Brenton Thwaites], mas a ideia central do espelho amaldiçoado continua.

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O filme se passa em dois tempos diferentes [Passado e Presente] dos irmãos Russel, que tiveram uma infância trágica que cominou com a mãe torturada e o pai se tornando um assassino. Kaylie a irmã mais velha liga esses acontecimentos a um espelho que seu pai comprou em um antiquário. Agora Kaylie com 22 anos pede ajuda ao irmão para acabar com a maldição e destruir o espelho.

Mike Flanagan começa o filme muito bem, mas ao abusar da mudança de tempo e as vezes ao chocar os dois [Passado com o Presente], o filme se torna por vezes confuso e bem estranho, como se estivéssemos realmente em uma ilusão de espelho. Com isso o enredo vai perdendo força e chega a se tornar maçante com tantas idas e vindas.

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Para piorar, temos a péssima atuação de Brenton Thwaites que fica como cara de nada o filme inteiro, como se estivesse entorpecido.

Mesmo com tantos baixos o filme se salva com alguns sustos o que garante o divertimento para quem gosta do gênero. Mas devo confessar, só vi o filme por conta da bela Karen Gillian. Famosa por Doctor Who e claro seus belos cabelos Ruivos.

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Agora vá a locadora e alugue O Espelho e tire suas conclusões.

 

Malditovivant volta na quarta.


Um Drácula Herói, bem diferente do Monstro [Dracula Untold]

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Ontem fui assistir o novo Drácula, por conta de todo o aparato especial do filme, a exibição foi em uma sala Xd [Pertencente a rede Cinemark]. Apesar de ir ao cinema quase sempre, foi a minha primeira vez em uma Sala Xd e sinceramente, não senti grandes diferenças. Só senti o som mais alto do que o normal e a cadeira revestida de uma boa imitação de couro. De resto nada que me faça preferir a tal Xd.

Mas o post é sobre o filme não sobre salas de cinema.

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Este novo filme do Drácula, foge totalmente das convenções que conhecemos ao colocar no centro da história Vlad Tempes, o homem por de trás do mito do Drácula, para quem não conhece a lenda, Vlad foi um personagem real da Romênia e expulsou os turcos do seu território. Uma das características de Vlad era o de Empalar seus oponentes, além disso, reza a lenda que ele almoçava vendo os corpos empalados.

Diferente da figura histórica, Luke Evans [Excelente no papel] se mostra um Vlad que esconde seu passado sombrio governando um reino próspero ao lado de sua bela rainha Mirena [A bela Sarah Gadon]. Mas os Turcos pedem a esse Nobre Rei, mil jovens para usar em suas linhas da batalha. Como tem um filho, Vlad recusa e agora sofrerá as consequências.

Sarah Gadon, um motivo para se viver

Sarah Gadon, um motivo para se viver

Sabendo que seu reino será massacrado, Vlad recorre a uma lenda de um Monstro. E faz um pacto com o monstro, O Monstro seria o primeiro vampiro, detalhe esse que fere toda a mitologia em volta de Drácula [como sendo o primeiro]. Esse pacto remete a Goethe com seu Fausto, Vlad sabe dos riscos, mas precisa desesperadamente dos poderes da besta, essa faz um trato baseado em uma chance de redenção: Se Vlad passar três dias sem beber uma gota de sangue ele será libertado do pacto.

Vlad encontra seu Mefistófeles ao melhor estilo Fausto

Vlad encontra seu Mefistófeles ao melhor estilo Fausto

Revelar mais do que isso seria estragar o que está por vir.

Brincar com a mitologia de Vlad, que até tempos atrás era renegado na Romênia é a jogada de mestre do filme, mas tentar criar um super-herói dentro de um arquétipo de anti-herói monstro torna as coisas um pouco complicadas. Pois Vlad só se torna interessante como um guerreiro sanguinolento e sem compaixão [pelo menos para mim].

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E o lado vampiro?

Ao lermos Bram Stoker, a sede de sangue se torna uma forte metáfora ao lado sexual. O filme como busca um apelo mais cartunesco, retira essa sede. E toda a “lascividade” que o personagem clássico da literatura representa.

O fim do filme deixa algumas pontas soltas, e ainda corre um boato de que o novo Drácula vai se juntar a outros personagens para criar uma nova franquia. Espero que tudo não passe de um boato, ou teremos um grande fracasso em 2016.

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Eu mesmo prefiro um Drácula Demoníaco, a um Drácula cercado de bons amigos.

Amanhã uma dica de filme no turmadocafe.com

Por aqui eu volto na Sexta!


Questões do passado em uma Europa diferente [Dead Europe 2012]

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Nesta sexta feira tive o prazer de assistir no canal a cabo Cinemax o filme Europa Morta, filme de 2012 e que foi exibido no festival de cinema do Rio no ano retrasado, assim como a maioria dos filmes de festival, nem sempre ele vai para os cinemas ou para locadora, devemos esperar a boa vontade da tv a cabo. Se o filme for pouco comercial, talvez você nunca assista.

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Europa Morta tem a direção de Tony krawitz um diretor pouco conhecido. Entre seus trabalhos podemos destacar o bom Jewboy de 2005.

O filme narra a história de uma tradicional família Grega, que vive na Austrália. Seu filho mais velho Isaac [Interpretado pelo competente Ewen Leslie] é um famoso fotografo gay que tem a chance de levar seu trabalho para sua terra Natal. Sua família tenta impedir essa viagem, pois seu pai Vassili foi amaldiçoado.

Na mesma semana da sua viagem seu pai morre, junto com o segredo da maldição. Agora Isaac se sente obrigado a levar a cinzas de seu Pai para a Grécia e tentar descobrir um pouco mais sobre essa maldição.

Dead Europe acerta em mostrar uma Europa diferente. Aqui não tem espaço para a Europa do cartão postal. Vemos uma Europa decaída e longe de ser uma terra de sonhos. Até quando o personagem está em Paris, vemos um lado pouco glamoroso da cidade luz. Mas o maior choque fica por conta de Atenas onde vemos uma sociedade em ruínas, tomada por pobreza e sem identidade.

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Isaac também sofre uma transformação, sua máscara da arrogância acaba caindo, com o passar das semanas, sua confiança se esvai e cada vez que descobre mais sobre o passado da sua família, mais ele se desconhece.

O filme também se faz pelos bons diálogos. Um dos melhores diálogos do filme é do encontro de Isaac com Amina [Ania Bukstein] uma palestina que vive ilegalmente em Paris e que Isaac fica incumbido de ajudar. Os dois discutem a relação do Antissemitismo e como isso serve para acobertar os erros dos Judeus.

Ainda existe muito a se pensar sobre a “real maldição”, eu vejo como uma luta, onde o passado de sua família recai sobre seus ombros: A escolha de fugir para um novo continente de deixar amigos e parentes para trás, escolhes que sempre recaem na próxima geração.

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O filme guarda mais segredos e por isso merece ser visto.

Malditovivant volta na quarta com um novo post.



Cinema Nacional a 3 Reais….[Xiii..Inflacionou]

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Como já é de costume o Cinemark inicia o festival, Projeta Brasil, onde os melhores filmes nacionais, voltam ao cinema com ingressos a 3 Reais [Hoje você não precisa usar a carteirinha de estudante].

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O Projeta Brasil Cinemark que está em sua 15ª edição, exibirá as principais produções brasileiras lançadas entre novembro de 2013 e outubro de 2014. A promoção só vale para hoje [10 de novembro de 2014] e está espalhada por mais 428 salas dos 52 Cinemas da Rede Cinemark,em todo o país. Para não ter confusão e evitar filas, os ingressos já podem ser comprados via internet [O que eu acho uma besteira] .

Nessa edição o destaque fica pela cinebiografia do Tim Maia, além do cultuado Hoje eu quero voltar sozinho, Getúlio, O Lobo atrás da Porta e Praia do Futuro.

O melhor filme brasileiro desse ano?

O melhor filme brasileiro desse ano?

Confira a lista dos filmes dessa edição:

  • “Alemão”
  • “Amazônia”
  • “Até que a Sbórnia Nos Separe”
  • “Até que a Sorte nos Separe 2″
  • “O Candidato Honesto”
  • “Causa e Efeito”
  • “Confia em Mim”
  • “Confissões de Adolescente”
  • “Copa de Elite”
  • “Crô”
  • “Entre Nós”
  • “Getúlio”
  • “A Grande Vitória”
  • “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”
  • “Os Homens São de Marte e É Pra Lá que Eu Vou”
  • “Isolados”
  • “Júlio Sumiu”
  • “Do Lado de Fora”
  • “Lascados”
  • “O Lobo Atrás da Porta”
  • “Made in China”
  • “De Menor”
  • “Meu Passado Me Condena”
  • “O Menino do Espelho”
  • “Minhocas”
  • “Muita Calma Nessa Hora 2″
  • “Não Pare na Pista”
  • “A Onda da Vida”
  • “A Pelada”
  • “Praia do Futuro”
  • “Quando Eu Era Vivo”
  • “Na Quebrada”
  • “Rio, Eu Te Amo”
  • “Sobrevivi ao Holocausto”
  • “S.O.S. Mulheres ao Mar”
  • “Tim Maia”
  • “Trash – A Esperança Vem do Lixo”
  • “Vestido pra Casar”

Gosta de cinema, não perca essa oportunidade.

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O malditovivant volta na quarta.

 


O duro caminho do Homem [Metrópole Manila]

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No final do mês passado tive a oportunidade de conhecer o filme Métropole Manila, que foi lançado em 2013 e premiado em Sundance, como melhor filme estrangeiro [Drama]. Com direção de Sean Ellis, o filme mostra a história de uma família pobre do interior das Filipinas e que busca melhorar de vida indo para a Capital Manila.

Uma chance de mudar!

Uma chance de mudar!

Assim como todo o sonho do imigrante do interior para a Capital, existe uma esperança de tempos melhores, mas Manila não seria diferente de qualquer metrópole do mundo. A pobreza e a desigualdade imperam e ninguém liga para essa pequena família do interior. Já na primeira noite eles são enganados e perdem uma parte do dinheiro.

A mesma cidade que fascina é a mesma que engole

A mesma cidade que fascina é a mesma que engole

Oscar [o desconhecido, mas talentoso Jake Macapagal] tem uma pequena chance de trabalho, descarregando areia, trabalha o dia todo e recebe um saco de comida [e o escarnio dos colegas]. Oscar não sabe mais o que fazer, sua mulher Mai, está na rua com seus dois filhos. Ele precisa resolver sua situação.

Mas a sorte parece bater a porta dessa família, quando Oscar tem a chance de entrar para o pior trabalho de Manila: Segurança de carro forte. Logo no primeiro dia ele faz amizade com Douglas [John Arcilla] que mostra o caminho da arriscada profissão. Mas essa nova amizade guarda segredos que podem comprometer a vida de Oscar.

Pobreza e Miséria

Pobreza e Miséria

Sean Ellis consegue como poucos passar a luta dessa família. O diretor escolheu não mostrar a beleza da cidade, e focar na luta e na pobreza ao seu redor, provando que o espaço ao sol é conquistado a cada dia, centímetro por centímetro.

Apesar de toda a sensibilidade [perceba a beleza da cena inicia e da história do melhor amigo de Oscar], tudo é passado da maneira mais crua possível, um soco no estômago se você não estiver preparado. Apesar disso o desfecho é muito bem armado e serve de consolo para toda a tristeza no decorrer do caminho.

Se tiver a oportunidade veja Metrópole Manila, no Cinemax.

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O malditovivant volta na quarta com um novo post.


Jake Gyllenhaal se supera mais uma vez – O Abutre [NightCrawler]

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Nas últimas semanas do ano eu tirei para curtir o cinema, consegui ver bons filmes, uma pena que a maioria dos filmes não chega a ficar duas semanas em cartaz ai a resenha perde um pouco da força, mas mesmo assim decidi postar.

Entre os filmes, O Abutre [Nightcrawler] com certeza foi o melhor, e novamente devo tirar o chapéu para Jake Gyllenhaal que merece um OSCAR por essa atuação, que superou a do seu filme anterior O Homem Duplicado [Clique aqui e leia sobre].

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No filme Jake interpreta Louis Bloom, um típico americano que sonha em subir na vida, vivendo à custa de golpes e venda de metal roubado [bueiros, cercas e fios]. Lou vive em um mudo paralelo, buscando reforçar seu caráter com fitas de auto-ajuda e cursos Online[vigaristas que vendem sucesso imediato].

A busca pelo sucesso faz Lou esbarrar em um Cameraman, que vende fitas de desastres para a Televisão, Louis percebe que esse é o momento para sua ascensão. E com um baixo investimento de um rádio de transmissão policial e uma câmera portátil ele inicia sua escalada por meio da invasão da privacidade.

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No meio do caminho ele encontra Nina Romina [melhor atuação de Rene Russo nos últimos anos] uma produtora de televisão que se torna cumplice dos acessos de Louis. Nina é outro personagem interessante do filme, que vive pelo lema: “se sangra, dá audiência” [Algo parecido com o que vemos na nossa TV].

Nina ajuda a alimentar a psique de sociopata de Louis, mas sempre tendo controle pelo seu monstro, mas a relação de forças e dependência que acaba se transformando a medida que o ego de Louis vai crescendo.

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Para o papel Jake Gyllenhaal perdeu 13kg e conseguiu abandonar o perfil de galã e se tornou uma figura abominável que anda sempre com um sorriso falso no rosto. A direção ficou a cargo de Dan Gilroy, que acertou na parceria com o diretor de fotografia Robert Elswit, os dois criam um ambiente tenso e claustrofóbico para mostrar como a noite da cidade tem seus mistérios.

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O Abutre ainda está em cartaz, se puder corra e veja mais essa maravilhosa atuação de Jake Gyllenhaal .

O Malditovivant volta na sexta.


Filmes Clássicos no Cinema [R$4,00]

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Acho que alguma vez na sua vida você se queixou de não ter tido a chance de ver seu filme favorito no cinema. Ou pelo menos ficou pensando: como deve ter sido assistir Warriors na tela grande, ou Annie Hall. Agora você tem essa chance.

O Centro Cultural Banco do Brasil, montou uma bela amostra chamada “Easy Riders – O Cinema da Nova Hollywood”, ela reúne 30 filmes que foram produzidos entre 1967 e 1980 e remodelaram a maneira de se fazer filme nos Estados Unidos.

Esse foi um dos períodos mais criativos da indústria que passava por uma recessão e não podia mais pagar salários exorbitantes e nem gastar tanto com produções mirabolantes. Para essa revolução o cinema se guiou pelas produções B e pelas produções autorais.

Alguns filmes que estão em exibição já tiveram resenhas publicadas aqui no site, vale destacar Five Easy Pieces, um dos melhores filmes de Jack Nicholson. [Clique aqui e leia]

Mas vou destacar também O Comboio do Medo filme do grande William Friedkin e Amargo Reencontro de John Milius [Dois filmes que eu vou tentar ver na tela grande]. “Pat Garrett & Billy the Kid” mostra a diversidade de Sam Peckinpah e Loucuras de verão mostra o primeiro trabalho de George Lucas.

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Lembrando que o evento começa hoje e vai até o dia 9 de Fevereiro no CCBB na Rua Alvares Penteado 112, com ingresso a 4,00 reais.

Veja a programação:

Dia 21/1, quarta-feira

14h – “O Portal do Paraíso”

18h – “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”

20h – “All That Jazz – O Show Deve Continuar”

Dia 22/1, quinta-feira

15h – “A Última Missão” (“The Last Detail”), de Hal Ashby, 1973, 14 anos

17h15 – “M.A.S.H.” (“MASH”), de Robert Altman, 1970, 16 anos

Dia 23/1, sexta-feira

13h – “O Comboio do Medo” (“Sorcerer”), de William Friedkin, 1977, 16 anos

15h30 – “Amargo Reencontro” (“Big Wednesday”), de John Milius, 1978, 16 anos

17h50 – “O Preço da Solidão” (“The Effects of Gamma Rays on Man-in-the-Moon Marigolds”), de Paul Newman, 1972, 16 anos

20h – “Cada Um Vive Como Quer” (“Five Easy Pieces”), de Bob Rafelson, 1970, 14 anos

Melhor cena do filme Five Easy Pieces

Melhor cena do filme Five Easy Pieces

Dia 24/1, sábado

14h – “O Portal do Paraíso”

18h – “All That Jazz – O Show Deve Continuar”

20h30 – “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”

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Dia 25/1, domingo

13h – “A Outra Face da Violência” (“Rolling Thunder”), de John Flynn, 1977, 16 anos

15h – “A Última Missão”

17h30 – “Cada Um Vive Como Quer”

19h30 – “M.A.S.H.”

Dia 26/1, segunda-feira

15h – “Na Mira da Morte” (“Targets”), de Peter Bogdanovich, 1968, 14 anos

17h – “O Preço da Solidão”

19h15 – “Os Maridos” (“Husbands”), de John Cassavetes, 1970, 16 anos

Dia 28/1, quarta-feira

15h – “Sem Destino” (“Easy Rider”), de Dennis Hopper, 1969, 16 anos

17h – “A Última Sessão de Cinema” (“The Last Picture Show”), de Peter Bogdanovich, 1971, 14 anos

19h30 – “Pat Garrett & Billy the Kid” (“Pat Garrett & Billy the Kid”), de Sam Peckinpah, 1973, 14 anos

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Dia 29/1, quinta-feira

15h – “Nasce um Monstro” (“It’s Alive”), de Larry Cohen, 1974, 16 anos

17h – “Loucuras de Verão” (“American Graffiti”)m de George Lucas, 1973, 14 anos

19h15 – “Na Mira da Morte”

Dia 30/1, sexta-feira

15h – “Trágica Obsessão” (“Obsession”), de Brian De Palma, 1976, 16 anos

17h – “Os Maridos”

19h30 – “Tubarão” (“Jaws”), de Steven Spielberg, 1975, 14 anos

Dia 31/1 – sábado

12h – “O Poderoso Chefão” (“The Godfather”), de Francis Ford Coppola, 1972, 16 anos

15h15 – “A Última Sessão de Cinema”

17h45 – “Sem Destino”

19h45 – “O Bebê de Rosemary” (“Rosemary’s Baby”), de Roman Polanski, 1968, 14 anos

Dia 1º/2, domingo

13h – “Nasce um Monstro”

15h – “Warriors – Os Selvagens da Noite” (“The Warriors”), de Walter Hill, 1979, 14 anos

17h – “Loucuras de Verão”

19h15 – “Trágica Obsessão”

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Dia 2/2, segunda-feira

15h – “O Estranho Sem Nome” (“High Plains Drifter”), de Clint Eastwood, 1973, 16 anos

17h10 – “Pat Garrett & Billy the Kid”

19h30 – “Tubarão”

Dia 4/2, quarta-feira

15h – “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas” (“Bonnie & Clyde”), de Arthur Penn, 1967, 14 anos

17h30 – “Rede de Intrigas” (“Network”), de Sidney Lumet, 1976, 14 anos

20h – “O Estranho Sem Nome”

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Dia 5/2, quinta-feira

15h – “A Outra Face da Violência”

17h – “Halloween – A Noite do Terror” (“Halloween”), de John Carpenter, 1978, 14 anos

19h – “Warriors – Os Selvagens da Noite”

Dia 6/2, sexta-feira

13h – “Amargo Reencontro”

15h30 – “Hardcore – No Submundo do Sexo” (“Hardcore”), de Paul Schrader, 1979, 16 anos

17h45 – “Terra de Ninguém” (“Badlands”), de Terrence Malick, 1973, 16 anos

19h45 – “O Bebê de Rosemary”

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Dia 7/2, sábado

13h – “Halloween – A Noite do Terror”

14h50 – “O Comboio do Medo”

17h15 – “Corrida Sem Fim” (“Two-Lane Blacktop”), de Monte Hellman, 1971, 14 anos

19h15 – “Taxi Driver” (“Taxi Driver”), de Martin Scorsese, 1976, 14 anos

Dia 8/2, domingo

14h – “O Poderoso Chefão”

17h15 – “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas”

19h30 – “Terra de Ninguém”

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Dia 9/2, segunda-feira

15h – “Hardcore – No Submundo do Sexo”

17h15 – “Corrida Sem Fim”

19h15 – “Taxi Driver”

Malditovivant volta na sexta.


Mais um filme indicado ao Oscar [Foxcatcher]

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Quando eu vi a nomeação de Foxcatcher para o Oscar [Melhor ator e melhor ator coadjuvante] em um primeiro momento não tive vontade de assistir. Nada contra o drama! Mas tenho tudo contra a imagem de Steve Carrell [que interpreta John Du Pont], nunca vi graça em suas atuações e escalar o homem para o papel principal em um drama não me animou em nada.

Mas a curiosidade foi maior e dou o braço a torcer, Steve Carrel merece a nomeação da academia, assim como Mark Rufallo, que escolheu muito bem o tom do ex-lutador Dave.

Carrel irreconhecível

Carrel irreconhecível

O filme baseados em fatos reais narra o encontro entre Mark Schultz [Channing Tatum] e John Du Pont. Nesse encontro John mostra interesse em recrutar Mark e seu irmão mais velho Dave para criarem a maior equipe de luta livre dos Estados Unidos e vencer as Olimpíadas de Seul 1988.

Dave diferente de Mark tem uma vida fora das lutas. Dave é casado, tem filhos. Mark vive para lutar e mostrar a América que ainda existem heróis. Essa carência o aproxima mais de John Du Pont, que vive pelo “American Way” e acredita no poder bélico e que sua nação está predestinada a ser a maior, e nada melhor que pela luta e a figura do herói olímpico para inflamar esse orgulho.

Só que a relação entre Mark e John acaba se tornando perigosa, e o gênio poderoso de John acaba dominando a Psiquê fraca de Mark, ao mesmo tempo em que John começa a se mostrar menos virtuoso do que pregou, causando um conflito interno na vida de Mark.

Relação entre irmãos

Relação entre irmãos

A situação se agrava ainda mais, quando Paul consegue trazer Dave para sua equipe.

O diretor Bennett Miller, acerta muito bem na direção. E além de focar no conflito entre famílias [John Du Pont não recebe a aceitação de sua mãe] Miller nos conduz ao pior da América.

A noção deturpada de patriotismo, a necessidade do culto a heróis, acreditar que a nação americana é superior e que a força vem do poder bélico. Na maioria das vezes, são essas noções que acaba envenenando a sociedade Americana e cria seus maiores inimigos.

Se puder veja Foxcatcher.

Malditovivant volta na sexta.


Circuito Indie Festival [Cinema Gratuito]

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Fiquei um pouco fora do blog por esses tempos, muita coisa acontece. E o tempo nem sempre colabora, mas agora eu voltei. E pretendo manter o ritmo do inicio do ano, tenho visto muitos filmes no cinema, por isso tantas resenhas.

Começo dando uma boa dica de festival de cinema.

O Sesc SP, recebe uma previa do famoso festival de cinema Indie de Belo Horizonte, teremos a oportunidade de conhecer as novas produções do cinema independente, tudo isso gratuitamente.

Entre os filmes que serão apresentados, temos o excelente “IDA”. Filme vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro. Filme que tive a oportunidade de ver no inicio do ano, que com uma estética toda em Preto e Branco, cria uma espécie de “Roadmovie” [pensando de maneira grosseira], falar mais sobre a sinopse entregaria o filme.

Além de IDA, ainda temos o sueco Nós Somos as Melhores!, o documentário fake Nick cave – 20.000 dias na Terra e o canadense Vic+Flo Viram um Urso. Além do longa Deixe a Luz Acessa, Apenas o vento e Heli.

No site [clique aqui e veja] você consegue ver toda a programação, mesmo as sessões sendo gratuitas recomenda-se chegar pelo menos uma hora antes para retirar o ingresso.

O Malditovivant volta na quarta.


Boas atuações e uma ambientação perfeita [O Ano mais Violento]

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O diretor J.C. Chandor escolheu o ano 1981 para mostrar novamente as armadilhas do Sonho Americano, isso é O Ano Mais Violento, que estreou na semana passada. O filme narra a vida de Abel Morales [Excelente atuação de Oscar Isaac], um proeminente distribuidor de Gasolina, que junto com sua mulher Anna [Jessica Chastain].

Mas a empresa de Abel sofre com a explosão da violência na cidade de Nova York, logo nas primeiras cenas, vemos um dos seus caminhões é roubado e seu motorista espancado. Em meio a essa crise, Abel tenta fechar um acordo para adquirir o terreno onde trabalha, isso implica em uma aposta alta com os donos do terreno [uma família de Judeus].

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Mesmo o título do filme sendo O Ano mais Violento, o filme tem poucas cenas de ação, a violência é colocada de forma subjetiva, ao mostrar os contornos da cidade e a pobreza em volta de Abel. A força do filme está nos diálogos que reforçam a luta de Abel a vencer o Sonho Americano.

Sonho esse que sua mulher Anna, não acredita. Diferente de Abel, Anna é filha de um antigo Mafioso e acredita que as coisas devem ser feitas. E a cada cena Abel desconfia mais dessa “herança” de sua mulher. Essa desconfiança é passada para o espectador que fica se perguntando o quanto Anna faz parte de tudo isso.

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Oscar Isaac está perfeito no papel de Abel, ele condensa muito bem o exemplo de cidadão perfeito e honesto. Um homem que veio do nada e esqueceu suas raízes de imigrante e tenta a todo custo ser Americano. E claro viver esse sonho, mas a cada passo que dá, Abel sente cada vez mais perto de cair em um buraco de lama.

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Não posso encerrar o post sem falar da “Ambientação do Filme” J.C. Chandor, recriou muito bem os anos 80, desde carros a paisagem desoladora da violência da época. Aliado ao jogo de luzes e a escolha da cor sépia e o cenário tomado pela Neve, faz de O Ano Mais Violento, uma obra visual. Um filme que merece ser visto.

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Malditovivant, volta na quarta.



5 filmes com…[Julianne Moore]

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Julianne Moore recebeu esse ano o Oscar pelo seu trabalho como melhor atriz em Para sempre Alice, ela que atua desde 1983 já fez mais de 70 filmes e coleciona diversos prêmios entre eles: Urso de Prata, Bafta, Globo de Ouro e até uma estatueta de Cannes.

Mas pensar em Julianne Moore por apenas um papel é um pecado, por isso resolvei elencar os Cinco melhores filmes para você conhecer a carreira, de uma das melhores atrizes em atividade.

Short Cuts [1993]: Nesse filme ela interpreta Marian. Com direção de Robert Altman o filme mostra o cotidiano dos moradores de um bairro no Subúrbio de Los Angeles. Ela fica famosa por uma das cenas em que discute nua com seu marido.

 

Magnólia [1999]: Segundo trabalho que faz com Paul Thomas Anderson, neste filme ela vive linda Partridge, a mulher de um produtor de Televisão que está entre a vida e a morte, além deste dilema o diretor sonha em ver o filho perdido.

 

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As Horas [2002]: Para mim a segunda melhor atuação da atriz, neste filme que é uma adaptação do livro clássico de Virginia Woolf, ela faz Laura Brown, uma mulher que se identifica com o livro e sente a pressão da sociedade sobre seus ombros.

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Boogie Nights [1997]: Melhor atuação de Moore, neste filme ela interpreta Amber Waves, uma proeminente atriz pornô que percebe seu envelhecimento dentro da indústria e tem que se reinventar em plenos anos 70.

Julianne Moore stars as Charley in Tom Ford's A Single Man.

Direito de amar [2009]: O filme gira em torno de Colin Firth um professor que usa sua amizade com Moore para esconder seu relacionamento homossexual, mas Moore que vive como uma endinheirada e depressiva rouba a cena toda vez que aparece em frente as câmeras, a personagem de Moore [Charley] nutre um amor impossível por esse professor.

 

O post fica por aqui, mas se lembra de mais algum filme que merece destaque comente…

Voltamos na quarta com mais.


Esqueça MadMax vá ao cinema ver A Gangue um filme de verdade

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Ano passado entre os anúncios da Mostra Internacional de Cinema, me surgiu a curiosidade de assistir o filme russo, Plemya. Por inúmeras circunstâncias, acabei não indo ao festival. Então tive que esperar um ano, até o filme chegar aos nossos cinemas, agora com o título de A Gangue.

O filme que conta a saga de um jovem, recém-chegado a uma instituição destinada a Surdos e Mudos. Só que como em qualquer mundo adolescente os ritos de passagem e os grupos sócias colocam esse novato contra a parede e quando ele menos percebe acaba mergulhando em um mundo cheio de violência e prostituição. Mas no meio de tanto caos, ele conhece o amor, ou pelo menos algo que se assemelha com isso.

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Essa máfia que vemos dentro do filme, surge por conta de toda essa desigualdade, os furtos em busca de comida, o sexo por míseros trocados em paradas de caminhão e abortos é o reflexo da sociedade criada pelo poderoso Czar Vladimir Putin.

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Mas apesar de toda essa violência social o que mais tem chocado as pessoas que foram ao cinema [tanto no Brasil quanto em outros lugares do mundo] é o fato do filme ser ambientado em uma escola de Surdos e mudos, um grupo da sociedade que em geral é retratado dentro do cinema como pessoas ingênuas, e por vezes burras.

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O diretor tenta quebrar esse estereótipo mostrando que os jovens são apenas jovens. E que eles são os primeiros a serem atingidos pelas mudanças da sociedade. Para ilustrar esse mundo ele cria belas e por vezes longas cenas filmadas em plano sequencial [sem nenhum corte] dando mais realidade e colocando o espectador dentro do ambiente [por vezes nada agradável] uma mistura de grandes estruturas do passado soviético com neve e lama.

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Para quem vai assistir, o filme é totalmente mudo Só temos o som do ambiente, tudo corre por gestos, e não recebemos a tradução disto. Tudo tem que ser interpretado e por vezes imaginado, mas o incomodo some logo em seguida. Lembrando que os atores deste filme nada sabem sobre atuação, todos são amadores e surdos e mudos na vida real, mas isso não impede de vermos uma atuação verdadeira.

Vá ao cinema e assista A Gangue, e se surpreenda.

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Sono de Inverno [Winter Sleep]

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Finalmente o filme vencedor do festival de Cannes de 2014, chegou aos cinemas Brasileiros, Winter Sleep [Sono de inverno] filme que tem a direção de Nuri Bilge Ceylan. O filme tem três horas de duração, mas como vencer essa maratona.

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Nuri Bilgen usa um elenco extremamente afiado e bem ensaiado, os gestos e as expressões complementam os diálogos. Por vezes o filme parece uma peça de teatro de tanto que os personagens são reais. O diálogo ácido e poderoso dá mais veracidade a tudo isso, e mesmo o filme se passando na Turquia ele revela uma proximidade entre as nossas naturezas, aqueles dilemas podem ser dos turcos, ou dos ingleses ou mesmo de qualquer brasileiro.

Outro fator que dá mais suavidade ao filme é a fotografia, rodada no rigoroso inverno na região da Anatólia. Podemos ver toda a beleza da região, que dirige a fotografia é Gökhan Tiryaki, parceiro de longa data do diretor.

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O filme narra da vida de Aydin, um ex-ator, homem de meia idade que por sorte do destino se torna herdeiro de uma grande quantidade de terras na região montanhosa da Anatólia, onde constrói seu Hotel, que serve mais para socializar do que ganhar dinheiro, já que a maior parte da sua renda vem do aluguel de casas na região e da sua herança.

Além disso, Aydin ainda escreve uma coluna no jornal local. Mas seu sonho é escrever um livro sobre o teatro turco, fase de sua vida onde ele foi mais feliz. Ele divide seu hotel com sua irmã, que é recém-divorciada e está em um processo de profunda depressão. Os dois protagonizam um dos melhores diálogos do filme. Nahil é a esposa de Aydin, ela tem seu próprio espaço, como se fosse apenas mais uma hospede dentro da vida de Aydin.

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Solidão da alma

 

Além dos personagens centrais, o filme tem pequenas tramas que se juntam a vida de Aydin. Mesmo com a longa duração Winter Sleep é um filme lindo de ser ver. Tanto pelas suas paisagens como pelas pessoas incríveis e reais.

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Quando for assistir repare na beleza de suas casas escavadas dentro da pedra, um retorno ao primitivo, uma mescla de rude com acolhedor.

Assista Winter Sleep e opine no post.


Bergman em 35mm

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Começou nesse sábado [04-07] no CINE Caixa Belas Artes [Antigo Cinema Belas Artes] um festival que celebra toda a genialidade de Ingmar Bergman. O Ciclo leva o nome de Fantasmas e demônios de Ingmar Bergman.

Quem conhece a obra do diretor reconhece o pessimismo e a dureza de suas cenas, alguns atribuem essa visão de mundo a sua infância em uma Suécia pobre, além da educação rígida dada pelo seu pai um Pastor da igreja protestante, que adorarava humilhar e bater em Bergman.

Sobre esses fantasmas da sua vida Bergman disse: “Mas já aprendi que, se consigo controlar as forças negativas e atrelá-las à minha carruagem, elas podem trabalhar em meu benefício”.

Se você ainda não conhece o trabalho de Bergman essa é a sua chance, se já conhece não perca a oportunidade de rever o filme em tela grande e ainda com projeção de 35mm. Um deleite para qualquer apaixonado por cinema.

Abaixo a programação:

04/07 (sábado) e 08/07 (quarta-feira)

Wild Strawberries (1957) Blu-ray Screenshot

Morangos Silvestres
(Smultronstallet)
Suécia, 1957, p/b, 91 min.
Elenco: Viktor Sjostrom, Gunnar Bjornstrand e Bibi Andersson.
Durante uma viagem de carro, um velho professor universitário encontra um grupo de jovens e junto com eles relembra momentos do seu passado. Filme vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim de 1958, também considerado uma das principais obras-primas de Ingmar Bergman.

11/07 (sábado) e 15/07 (quarta)

Virgin-Spring

A Fonte e a Donzela
(Jungfrukällan)
Suécia, 1960, 35mm, pb, 89 min.
Elenco: Max Von Sydow, Birgitta Valberg e Birgitta Pettersson.
Ainda fascinado pela Idade Média, Bergman retorna ao clima de O Sétimo Selo ao narrar a lenda de uma jovem, filha de cristãos fervorosos, violentada e morta por pastores, cujo local do crime teria se tornado uma nascente de águas milagrosas. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

18/07 (sábado) e 22/07 (quarta)

Gritos e Sussurros

Gritos e Sussurros
(Viskningar och Rop)
Suécia, 1973, cor, 91 min.
Elenco: Harriet Andersson, Liv Ullmann, Kari Sylwan e Ingrid Thulin.
Numa casa de campo, Agnes recebe, à beira da morte, os cuidados de suas duas irmãs e de uma dedicada empregada da família. Neste ambiente claustrofóbico, acompanhamos as imaginações, lembranças e frustrações destas quatro mulheres. Vencedor do Oscar de Melhor Fotografia.

25/07 (sábado) e 29/07 (quarta)

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O ovo da Serpente
(The Serpent’s Egg)
EUA/Alemanha, 1977, 35mm, cor, 120 min.
Elenco: David Carradine, Liv Ullmann e Isolde Barth.
Na Berlim devastada pela Primeira Guerra Mundial, um americano desempregado consegue refúgio no apartamento de um cientista, que também lhe dá emprego. Porém, enquanto trabalha como trapezista ele acaba se apaixonando por uma cantora de cabaré e, aos poucos, descobrirá a verdade sobre um fato terrível que o afetou no passado.

01/08 (sábado) e 05/08 (quarta)
Da Vida das Marionetes

davidadasmarionetes
(Aus dem Leben der Marionetten)
Suécia/Alemanha, 1980, 35mm, pb/cor, 104 min.
Elenco: Robert Atzorn, Heinz Bennent e Toni Berger.
Filmado durante o exílio de Bergman na Alemanha, o filme mostra a sufocante trajetória de um homem que assassina uma prostituta. Utilizando-se de fotografia em preto e branco, com exceção da cena do assassinato e o final que são mostrados em cores, o diretor realizou uma das obras mais sombrias e complexas de toda a sua carreira.

Malditovivant volta na quarta, antes do Feriado.

 

 


Palestina x Israel em mais um belo drama [Omar – 2013]

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No final da noite de ontem, enquanto “zapeava” os canais tive a sorte de assistir o filme Omar [2013] do premiado diretor Hany Abu-Assad. Este diretor é famoso por retratar em seus filmes os conflitos entre Israel e Palestina. Antes de Omar, Assad foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro por Paradise Now [2005].

Neste novo filme, o diretor narra a vida de Omar [o promissor Adam Bakri] um jovem palestino que trabalha como padeiro e mora do lado dominado pelo exército Israelense. Todos os dias Omar, tem que escalar uma muralha que divide os dois povos, quando ele atravessa a barreira Omar deixa de ser o simples padeiro e se torna um dos guerrilheiros da frente de libertação da Palestina.

A muralha é mais alta do que podemos ver

A muralha é mais alta do que podemos ver

E junto com seus dois amigos de infância, Amjad [Samer Bisharat] exímio atirador e Tarek [Eyad Hourani] o líder. O grupo tenta a todo custo desestabilizar o poder do exército Israelense, com pequenas ações que visam minar a influência desse exército.

Apesar de tanto ódio, existe Nadia [Leem Lubany] irmã mais nova de Tarek. Omar é apaixonado por ela e pensa em um dia se casar, mas antes precisa da aprovação de Tarek, na tradição ele deve aprovar o casamento dos dois.

Amor

Amor

Mas no meio de uma das ações, Omar acaba sendo capturado, depois de ser torturado, se vê obrigado a cooperar com a polícia Israelense. Com isso Omar é colocado em uma encruzilhada entre o amor de Nadia, a amizade com Tarek e sua própria vida.

O filme é construído de uma maneira bela, e mesmo com seu ritmo lento e a por vezes com algumas cenas longas, Assad cria uma trama perfeita em uma direção bem segura. A escolha de Adam Bakri para o papel principal foi mais do que acertada, o jovem ator, carrega a carga dramática necessária para mostrar todo o drama deste mundo em guerra.

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Omar de Hany Abu-Assad merece ser visto e revisto. Fique atento a programação do canal a cabo Cinemax ou procure na sua locadora favorita.


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